O secretário de Estado dos Transportes disse hoje que o Governo aguarda
um momento em que haja "suficiente ambiente competitivo" para reabrir o
processo de privatização da TAP, enaltecendo o interesse "que
aparentemente existe" na companhia aérea portuguesa.
"Reiteramos a
vontade de, no momento em que houver suficiente ambiente competitivo,
podermos reabrir o processo através da aprovação do decreto-lei e
respectivas regras em Conselho de Ministros", disse Sérgio Monteiro em
declarações aos jornalistas no parlamento.
O governante falava no
dia em que diversos jornais avançam que há novos interessados na
empresa, entre os quais o norte-americano Frank Lorenzo, antigo
accionista e presidente da Continental Airlines e o empresário português Pais do Amaral, presidente do grupo Leya, que está a estudar o processo da privatização da TAP há vários meses e já se reuniu, em Outubro do ano passado, com o CEO da TAP, Fernando Pinto.
Sérgio Monteiro
escusou-se a confirmar se existe um interesse concreto de novos
investidores, sublinhando contudo que o executivo "tem mantido contactos
com muitos investidores em muitas áreas" em visitas e 'roadshows' de
diferentes governantes no estrangeiro.
"Em nenhum processo
anterior (...) alguma vez o Governo especulou sobre nomes, confirmando
ou desmentindo contactos. E vamos continuar a não o fazer", disse o
secretário de Estado.
O responsável pelos transportes disse sentir
que "ainda não é o momento" para voltar a tentar a privatização da TAP,
esperando o Governo a existência de contactos mais vinculativos com
"potenciais compradores com elevada possibilidade de fazer uma oferta"
pela companhia aérea.
O Governo recusou, em Dezembro de 2012, a
proposta de compra da TAP feita pelo grupo Synergy, detido pelo
empresário colombiano Germán Efromovich, o único concorrente à
privatização da companhia aérea nacional.
A venda está suspensa
desde então e, no Orçamento do Estado para 2014, o Governo afirma que
"continuará a monitorizar as condições do mercado, por forma a relançar o
processo de privatização da TAP logo que estejam reunidas as condições
propícias para o seu sucesso".
Em Outubro do ano passado, Germán Efromovich esteve em Lisboa onde manteve reuniões nos ministérios das Finanças e da Economia.
A
17 de Dezembro, o presidente da TAP disse que "não é fundamental" que a
privatização da companhia aérea seja feita em 2014, porque a empresa
tem um plano de negócios até 2016 "perfeitamente viável".
Fonte: Sol
Edição: Pássaro de Ferro
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