terça-feira, 8 de julho de 2014

50 ANOS DO AEROPORTO DA MADEIRA

 Aterragem de um A330 da TAP.
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O Aeroporto Internacional da Madeira completa hoje meio século de existência.
Trata-se de uma infraestrutura vital para uma região insular como é a Região Autónoma da Madeira, cuja economia depende em larga escala do turismo.
O Aeroporto local assume, por isso, uma importância absolutamente fundamental e por isso mesmo, desde o seu aparecimento, sofreu diversas transformações de modo a adaptar-se às necessidades do tráfego aéreo crescente e ao incremento da segurança nas operações, factos que se foram aliando à necessiade da região possuír um acesso aéreo "digno", tendo em conta a aposta turística que os governantes sempre foram alimentando.
Durante muitos anos foi algo estigmatizado por ser servido por uma pista muito curta (1600 e depois 1800 metros), facto que fez consubstanciar a ideia de que as aterragens e descolagens se faziam de modo abrupto e não raras vezes nos limites da segurança. 
No fina de década de 70 foi palco de um grave acidente, quando um Boeing 727-200 da TAP saiu de pista, sob muito más condições atmosféricas, causando inúmeras baixas. Este acidente foi, até hoje, a pior "mancha" na história deste aeroporto.
Cientes da especificidade da estrutura, as autoridades nacionais e regionais desenvolveram ações tendentes a transformar o aeroporto existente numa estrutura mais moderna e segura, muito embora também conscientes de que a orografia do terreno seria (e será) impossível de tornear de modo a evitar os constrangimentos que a ação dos ventos provoca nas operações aéreas, independentemente do maior ou menor comprimento da pista.

O Aeroporto da Madeira é hoje uma estrutura de que os madeirenses se orgulham e que permite relativizar as distâncias intrínsecas à insularidade.
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O desejo de prolongar a pista e, assim, poder vencer uns dos constrangimentos nas operações - a então impossibilidade de operação de aviões de maior porte -  viria a ser concretizado anos mais tarde, no virar do século XX para o XXI, com a inauguração do "novo" aeroporto, com ampliação da pista - dos já referidos 1800  metros (06-24) para 2781 metros, reposicionamento para 05-23, sendo que a obra de engenharia que permitiu o prolongamento da pista é uma das mais notáveis a nível mundial. Hoje o aeroporto permite a operação de aeronaves de todo o tipo, até ao Boeing 747 e a maior aeronave que, no presente, opera a partir deste aeroporto é o A330 e exporadicamente o Boeing 767.
É também um aeroporto que, pela sua localização, não é propriamente fácil em algumas situações, nomeadamente na presença de ventos curzados e nebulosidade baixa, e pelo faco de, por um lado ser rodeado de mar e pelo outro de uma encosta de montanha.
Volvidos então 50 anos sobre a sua inauguração, o Aeroporto Internacional da Madeira está dotado de bons acessos rodoviários, está ligado à capital insular - Funchal - por uma moderna via rápida que facilmente vence os cerca de 20 km de distância, e é hoje, portanto, uma estrutura moderna, dotada como já se referiu de uma pista com 2781 metros de comprimento, 15 posições/slots para o estacionamento de aviões, aerogare, amplos parques de estacionamento para centenas de automóveis, serviço de autocarros e taxis e aluguer de automóveis.


O enquadramento paisagístico do aeroporto é um dos mais belos do mundo.
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Para além de tudo isto, o enquadramento paisagístico desta estrutura aeroportuária é de uma beleza ímpar, permitindo ao passageiro excelentes perspetivas para aquela zona da ilha e, simultâneamente, já congregou uma verdadeira legião de entusiastas (spotters) que o demandam para o registo fotográfico das operações aéreas, sendo possível obter imagens de rara beleza, a que é impossível ficar indiferente.
O Aeroporto da Madeira é hoje, por tudo isto, uma estrutura de que a região e o país se podem orgulhar e que está, obviamente de PARABÉNS, pelos 50 anos ao serviço das pessoas, encurtando as distâncias físicas e afetivas entre aqueles que dele fazem uso.

Vista geral do aeroporto da Madeira na atualidade. A fotografia revela, também, a notável obra de engenharia que possibilitou o prolongamento da pista. Foto: Miguel Nóbrega.

Vista noturna do aeroporto. Foto: Rui Sousa.


Agradecimentos: Alexandre Maio e Ricardo Marques pela ajuda da elaboração desta edição, Miguel Nóbrega e Rui Sousa pelas fotos cedidas.
Edição e texto: Pássaro de Ferro


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