sexta-feira, 25 de julho de 2014

MINISTRO DA ECONOMIA FALA SOBRE SITUAÇÃO NA TAP - Opinião



O ministro da Economia, Pires de Lima, falou ontem (24/7/2014) em Luanda a propósito do período conturbado que se vive na maior transportadora aérea nacional, com sucessivos cancelamentos de voos e avarias.

"Estes cancelamentos e estes atrasos não são seguramente uma coisa boa e devem ser um motivo de reflexão para a administração da TAP e para todos nós" disse Pires de Lima, assegurando que o Ministério da Economia tem "acompanhado de perto" a "evolução operacional da TAP", demonstrando preocupação com a sucessão de atrasos e cancelamento de voos, uma vez que é "a imagem de Portugal, também, que está em causa. Nós temos a obrigação, enquanto Ministério da Economia, de pedir à administração da TAP que recupere operacionalmente a normalidade das operações na TAP num tempo curto. E essas expectativas foram criadas pela própria administração, para as próximas semanas e durante o mês de Agosto", continuou Pires de Lima. "Essa é a expectativa que a administração da TAP criou e que nós, Governo, queremos ver cumprida", enfatizou.
Ainda ontem,  a TAP confirmou o cancelamento de 37 voos agendados até sábado, justificando a decisão com o atraso em ter operacionais seis aviões alugados, cujas causas considera a TAP ser "totalmente alheia". 

Pires de Lima, pretende perceber o que correu mal em todo o processo: "A seu tempo, com calma, com tranquilidade, com serenidade, durante os meses de Setembro e Outubro, eu acho que é preciso aprofundar as razões desta crise de crescimento que se verificou na TAP e que perturba o serviço e a vida das pessoas. Nós temos de compreender isso, para que estas situações não se voltem a repetir no futuro". Apesar das dificuldades operacionais sentidas pela companhia, o governante reafirma que a TAP "continua a ser uma empresa tão segura como sempre foi no passado", mas assume que a situação actual, com várias suspensões de voos e atrasos, "prejudica a vida das pessoas".

Segundo o Pássaro de Ferro conseguiu apurar, o atraso na entrada em serviço das aeronaves alugadas, prende-se com a certificação do INAC para que possam operar com matrícula nacional. O caso, com notáveis prejuízos para a TAP, bem como incómodos para os seus clientes, não deixa de ser sintomático dum país sobrecarregado de burocracias e processos absurdamente morosos e complexos. Como se não bastassem as dificuldades causadas pela natural lei da concorrência e dos mercados, em Portugal é necessário lutar também contra os obstáculos causados pelo próprio Estado.

Fica por isso uma sugestão no ar para o sr. Ministro refletir: se os aviões estavam a voar até serem entregues à TAP, seria mesmo necessário um processo tão complicado para continuarem a voar, só por terem agora as cores da TAP?




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