sábado, 29 de janeiro de 2011

UMA QUESTÃO DE NARIZES

Eu não olho para os aviões porque sim.
Há sempre mais um ângulo e uma perspectiva para observar, sendo que, frequentemente, nos perdemos no todo e na beleza (muita ou pouca) do conjunto e nas subtilezas do voo, ainda por cima com a preocupação de condensar o máximo de  informação visual numa ou em várias fotografias.
Hoje temos apenas narizes. O de um Airbus A-320 e o de um Boeing 737. Qualquer deles típico da "fábrica" e que revela as suas diferenças, numa abordagem totalmente legítima.
Não me embrenharei em juízos estéticos, que os tenho, mas antes, coloco à consideração do observador o juízo sobre a matéria.
Aliás, é a sua diferença que os identifica e é a sua diferença que inscreve interesse neste mundo dos grandes "Pássaro de Ferro" e no modo como nunca nos cansamos de os olhar.

 Airbus A-320 da TAP

Boeing 737/800 da Air Berlin

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

REGRESSO A LPMA

O Aeroporto da Madeira é muito bom para captação de imagens. Sobram lugares de "bancada" para o efeito e, com a aliança do clima - muito volátil - oferece momentos e imagens que fazem as delícias de quem gosta de aviões, sobretudo da aviação civil.
No passado sábado, entre as 16:30 e as 17:15h estive junto ao aeroporto, perto da cabeceira da pista 05. Os movimentos foram normais. Não havia vento (coisa rara naquele local) e sobre o aeroporto, o céu estava roto.
Partilho com os leitores do Porta de Embarque 04, algumas das imagens que obtive.



Sequência de aterragem do  Bombardier Dash Q-400 da SATA. Nesta foto imediatamente acima, é visível o farol da Ponta de S. Lourenço, prostrado no último ilhéu da formação rochosa e que assinala o extremo Leste da ilha.


 Partida do mesmo Q-400, meia hora depois de ter aterrado.

O TAP A-320 CS-TNG "Mouzinho da Silveira", um dos aparelhos deste tipo há mais tempo em serviço na transportadora aérea nacional.


 Um Boeing 737-800 da Air Berlin, preparando-se para descolar rumo à nação germânica.

 Boeing 737-800 da Air Berlin em subida para "furar" a primeira camada de nuvens!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

OULU - Suomi




Para quem não sabe, Oulu é uma pequena cidade na Finlândia cujo aeroporto aqui se retrata hoje.
Devido à grande dimensão do país, as viagens de avião são as mais cómodas, levando a que pequenas cidades como Oulu tenham aeroporto, com "grande" nível de movimento e stress também identificáveis nas fotos.
Quase apetece dizer como no famoso anúncio televisivo a uma bebida caribenha: "seriamente na boa!"

Não nos deixemos no entanto enganar pelas aparências: A Finlândia (Suomi na língua local) apesar de ser um país periférico (tal como gostamos de nos queixar em Portugal) e de ter um clima rigoroso nove meses por ano, cerca de metade da população portuguesa e ser o país com menor densidade populacional da União Europeia, conseguiu no espaço de duas décadas (entre os anos 50 e 70), transformar um país rural, num dos países com melhor nível de vida e desenvolvimento do mundo. 
Terá sido o Pai Natal?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ABSTRACTA


Na revista Arte Fotográfica, na edição de Outubro de 2010 dedicada à fotografia abstracta, dizia-se ao apresentar o polémico tema, que o abstracto "apela ao mais instintivo aspecto do nosso ser, aos sentimentos mais do que à racionalidade e ao inconsciente mais do que à consciência".
Também na pintura, cuja história é quase plagiada pela fotografia, as reacções foram controversas (para não utilizar termo mais forte) quando surgiram os primeiros passos a desligar o que era representado, da realidade.
Pintores hoje tidos como génios foram alvo de chacota e apelidados de maus executantes (mais uma vez um eufemismo) por representarem os temas algo desfocados ou distorcidos. Monet, Degas, Turner, cujos quadros valem hoje milhões, dizia-se que pintavam "borrões de tinta". O própro estilo "Impressionismo" em que se enquadram, foi um termo jocoso inventado por um crítico na época.
Percebe-se ainda assim a controvérsia que o abstraccionismo possa causar. A falta de cultura plástica de quem possa ver, tanto facilmente leva à piada fácil dos mais críticos por não ser uma arte imediata, como a "comer gato por lebre" dos mais entusiastas que acham que tudo é bom. E a linha entre uma boa e uma má imagem, plasticamente, é de facto ténue e subjectiva. 
No fundo, o abstraccionismo vai ao âmago da própria definição de arte: a transmissão de sentimentos não verbalizados. E se isso acontece numa imagem, mesmo que esta seja indecifrável, então a arte aconteceu.
Considerações culturais à parte, pode ainda construir-se outra analogia: o abstracto é o jazz das artes plásticas e como tal, ou se adora ou se detesta. Não tem meio termo.
Pode também dizer-se que o abstraccionismo nasce do tédio de dominar as técnicas de uma arte e de não querer mais ser-lhes subserviente.
Depois de tudo isto, interessa mesmo se eu disser que a foto acima é da aproximação à cidade de Oslo?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

VOAR NUM A-330

A saída de Lisboa a bordo do A-332 CS-TOI aconteceu com quase hora e meia de atraso, devido ao nevoeiro que cobria a região do Vale do Tejo.
O voo TP-131, com destino a Caracas  e com escala no Funchal teve de esperar durante cerca de 20 minutos, junto à pista 21, esperando que a acumulação de tráfego atenuasse. Nesse período, segundo o comandante Gonçalves, aterraram 10 aviões e descolaram 2.


A descolagem foi típica. Suave e sem abanos. Lisboa estava tapada pelo manto branco e nada se vislumbrava na capital.
O avião rapidamente ganhou altitude, revelando 3 distintas camadas de nuvens acima do nevoeiro.
A última camada estava situada a cima dos 30 mil pés... A primeira foto desta edição revela-o claramente.

Esta imagem foi obtida a cerca de 20 mil pés, já a descer para LPMA, depois de ter visitado por 5 minutos a cabine e visto, pela primeira vez na vida, a operação dos pilotos "ao vivo" num avião em  que viajo, em pleno voo e logo um dos aviões que mais gosto!

O A-332 já a tomar posição para a pista 23 de LPMA, vendo-se "por cima" do bordo de ataque da asa direita, o recorte dos picos mais altos da ilha, acima de uma fina camada de nuvens...

Passagem sobre a Ponta de S. Lourenço

A aterragem foi tão "competente" que o avião não precisou de ir ao fundo da 05 para dar a volta.
Este voo confirmou a excelente impressão que tenho do A-330. É um prazer voar neste avião!
Obrigado à tripulação, de uma simpatia enorme e ao Comandante Gonçalves pela oportunidade que me concedeu de ver e sentir um pouco a pulsação do voo nesta magnífica máquina!

Duas imagens do "Damião de Góis" - CS-TOI Airbus A-330/223 da TAP. Crédito dos autores nas fotos.

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