sábado, 31 de março de 2012

VOOS NA NOITE - FR24


Com o cada vez maior "alcance" do "Flightradar24", é possível seguir, em tempo real, grande parte das aeronaves civis que cruzam o espaço aéreo europeu.
Nas últimas noites, tenho seguido vários aviões que partem de aeroportos do centro europeu para a América do Sul - Brasil, Chile, Argentina, Peru, etc...
Com hora marcada, uma mão cheia deles desfila praticamente à vertical da costa sul aqui da ilha da Madeira, todas as noites. A-330, A-340, Boeing 767, 777 e 747 são os mais habituais.
Ao vê-los no computador e depois indo à varanda e olhando-os no céu, consegue-se perceber o quão preciso é o FR24 - não isento de erros, claro - que nos dá, em tempo real a posição do avião, velocidade e altitude de voo.
Toda esta facilidade agora alcançada, contrasta com a imensa curiosidade de quando era petiz e olhava o céu e os riscos que os aviões faziam. E punha-me a adivinhar de onde vinham e para onde iam e, mais tarde, munido de um potente par de binóculos, conseguia por vezes ver a companhia aérea. Mas nada mais conseguia saber. Esses dados eram acessíveis apenas aos controladores de espaço aéreo que eu achava serem uns sortudos, muito antes de saber do stress da sua profissão e da tremenda responsabilidade que sobre eles impende.
O meu pai, que sempre olhou para a aviação com desconfiança e aqui e ali com um aparente desprezo, para saciar a minha curiosidade atirava destinos ao calhas, conforme lhe parecia a direção/sentido do rasto branco dos aviões. Como pai é pai, achava que ele tinha razão e não duvidava...
Admito que uma vez por outra acertasse, mas a maior parte das vezes talvez errasse.
Recentemente, quando lhe disse que através dos computadores e de programas específicos é possível seguir um avião em tempo real, acedendo aos seus dados de voo elementares, ele olhou para mim e com aquele ar que conheço há mais de 40 anos disparou: 
- Isso é tudo uma treta!

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Nota: À hora que estou a escrever, estão a passar agora mesmo junto à ilha dois voos TAM, um A332 PT-MVU de Milão-Malpensa para São Paulo e um A332 (PT-MVM-StarAlliance) de Madrid também para S. Paulo. Voam entre os 35 e os 37 mil pés e a pouco mais de 800 km/h.


terça-feira, 27 de março de 2012

67 ANOS TAP

A TAP, companhia aérea de bandeira portuguesa, completou recentemente 67 anos de existência.
Pessoalmente, tenho a melhor impressão desta autêntica jóia nacional. Das já muitas viagens que fiz de avião, uns esmagadores 90% foram feitos nos aviões da TAP. Da atual frota, só me falta experimentar o A340.
Sou sempre muito bem tratado nas viagens, o pessoal de bordo é excelente no trato e na disponibilidade e temos, seguramente, os melhores pilotos e das melhores manutenções técnicas do mundo! E isso faz-me ter muito orgulho nesta companhia!

O meu batismo de voo, ocorrido em Março de 1991, foi a bordo de um mítico Boeing 737-200 da TAP.
Foi com os aviões da TAP que comecei a interessar-me verdadeiramente por eles, mesmo que depois a paixão se tenha virado quase em exclusivo para a aviação militar.

Mas, mesmo assim, a TAP esteve sempre no meu imaginário e soube construir em mim um enorme orgulho em ser português e ter uma das melhores e mais seguras companhias aéreas do mundo.

E é sempre um momento forte ver os aviões da TAP, descolando para tantas partes do mundo onde há portugueses, ou vê-los aterrar, seja onde for, trazendo dentro e nas suas asas o orgulho de uma nação, muito para além das muitas "sentenças de morte" que já lhe vaticinaram. Talvez por ser como é, tantos a queiram estragar!
Parafraseando Miguel Sousa Tavares, perder a TAP seria dar uma enorme machadada numa das poucas coisas sobre a qual nós portugueses nos podemos orgulhar.
Parabéns à TAP!
É um orgulho ter uma companhia aérea assim!

segunda-feira, 19 de março de 2012

REFLEXOS





Há  na capacidade de voar, uma beleza intrínseca, que ultrapassa as linhas dos aviões e as cores das fuselagens.
Um reflexo da divindade que mora na humanidade.
Uma promessa de libertação da condição humana.
O verdadeiro ato de insubmissão a Deus.


terça-feira, 13 de março de 2012

TERRA

O nosso planeta, visto de qualquer ângulo, assume uma beleza esmagadora.
Há imagens que dispensam legendas. Olhamos para elas e, quando muito, respiramos fundo, muito embora seja legítimo que coloquemos mil e uma questões relativas à nossa (breve) passagem por cá e a nossa dimensão tão relativa perante as coisas que nos rodeiam.
Os aviões e as viagens vieram "revolucionar" o modo como podemos observar o nosso planeta, através de uma janela que o Homem, pelo seu engenho, conquistou, à força da vontade do voo.
O mesmo engenho que, por tantos locais, está a destruir paulatinamente a grande casa comum que habitamos, numa não conquista.
É uma desgraçada "lei da sobrevivência" que se quer aplicar, ironicamente, à "esfera" que habitamos e aos que nos rodeiam, sejam os espaços físicos naturais, sejam os outros seres vivos que cada vez mais empurramos em nome da nossa instalação e domínio sobre todas as coisas.
Estranha condição a nossa, não é?

 Sobre os vales e rifts do Utah - EUA.

 Koala Lumpur - Malásia

 Costa Indonésia.
Deserto do Nevada, já perto de Las Vegas - EUA.

Londres - Inglaterra.

Interior do Irão.

Deserto da Arábia Saudita e as montanhas da "meia Lua".

Alpes austríacos.

Costa da Inglaterra - A "costa das agulhas".


Créditos nas imagens - airliners.net

terça-feira, 6 de março de 2012

Dias de chuva



Tal como antes escrevi  no Pássaro de Ferro o site irmão (ou pai) da Porta de Embarque 04, nem só de dias de sol se faz a vida. Seguindo o conselho sábio de Theodore Roosevelt: "faz o melhor que conseguires, onde estiveres, com o que tiveres", num dia de chuva também se podem tirar boas fotos.
Mesmo se o Inverno tem sido especialmente seco e com dias nítidos para a fotografia, a chuva também pode ser bonita por contraste.

Airbus A321-211Aigle Azur (F-HCAI) fotografado no Porto a 08/11/2011.
Voou pela primeira vez a 05/03/2001 e já passou pelas transportadoras Volare (I-PEKM), GECAS (EI-DDS), Cyprus Turkish (TC-KTC) antes da matrícula e companhia atual.

quinta-feira, 1 de março de 2012

MCDONNELL DOUGLAS MD-87 "CIUDAD DE SEVILLA"




A primeira vez que voei num MD-87 foi no já algo longínquo ano de 1994 numa ligação Lisboa-Madrid na Iberia.
A aeronave s/n 49827/1654 recebeu de matrícula EC-EUE em Espanha e era então relativamente nova (tinha efetuado o primeiro voo a 1 de dezembro de 1989 e sido entregue à Iberia a 6 de abril de 1990).
Já em 1998 receberia nova matrícula EC-GRK, que manteve depois de ter sido transferido para a Spanair, oficialmente a 2 de novembro de 2005.
A 10 de novembro de 2008 foi por sua vez vendido à transportadora 1Time sul-africana e ao que consta encontra-se atualmente armazenado em Joanesburgo sem ter voltado a voar.

No regresso dessa viagem voltei também num MD-87 (ignoro sequer se até terá sido o mesmo) mas não guardei qualquer registo do voo, naquela que seria a última vez que viajei num MD-87 até à data.

A família MD-80 possui ainda muitas unidades em voo por todo o mundo, principalmente no continente americano, mas na Europa tem vindo a ser gradualmente substituídos pela supremacia da Airbus e são uma visão cada vez mais rara nos nossos aeroportos.




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