Eça de Queirós foi um dos mais notáveis romancistas portugueses de sempre.
As suas obras são estudadas nas escolas e são verdadeiros tesouros literários em que o realismo se desenvolve em todo o seu esplendor e onde o autor, cujas descrições fazem cátedra presentemente, era também um refinado ironista!
Há muitas frases e pensamentos seus que, ainda hoje, são referência para compreensão do presente, nomeadamente as suas sarcásticas incursões no pensamento e crítica política, aliás devidamente alimentadas pela intrincada situação política da altura.
Dos seus livros, destaco, porque os li e gostei, "A cidade e as Serras", "Contos", "O crime do Padre Amaro". Curiosamente, nunca consegui acabar de ler "Os Maias", talvez porque na altura em que o tentei ler, não estivesse "preparado", digamos, para tal.
Seja como for, a sua obra é intemporal, permanece referencial e Eça de Queirós é citado amiúde e hoje vem aqui ao Porta de Embarque 04 nas asas do Airbus A-319/CS-TTI da TAP que tive oportunidade de "apanhar" no início deste mês.
O "Eça de Queirós" a terminar a volta para se alinhar com a 05
O avião parece "pendurado" por fios invisíveis...
Aí vai ele, com o Ilhéu Bugio em fundo...
E aqui, já sobre o asfalto da 05, segundos antes de a tocar.
Citando Eça de Queirós:
- " Os políticos e a as fraldas são semelhantes , possuem o mesmo conteúdo."
- "Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete
linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas
benditas, os homens praticam todas as ações - mesmo as boas."
- "É que o amor é essencialmente perecível e na hora que nasce começa a
morrer. Só os começos são bons. Há então um delírio, um entusiasmo, um
bocadinho do céu. Mas depois!...Seria pois necessário estar sempre a
começar, para poder sempre sentir?"
0 comentários:
Enviar um comentário