sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

SEGURANÇA NO GELO (M178 - 05PM/2013)

Foto: EADS

Os cientistas na EADS procuram novos meios para minimizar ou mesmo impedir a acumulação e aderência de gelo nas superfícies dos aviões e assim reduzir o consumo de energia com o descongelamento. Este trabalho é levado a cabo pelo "Icing and Contamination Research Facility" ou "iCORE em Munique, Alemanha.

Os investigadores estudam a utilização de revestimentos e superfícies especiais, de modo a contrariar a acumulação de gelo proveniente de gotícolas supercongeladas, um estado usual da água encontrado em voo na atmosfera e dentro de nuvens.
Espera-se que os novos revestimentos consigam suportar o uso dos novos sistemas de descongelamento de bordo, que respondem à evolução dos aviões elétricos. A aplicação destas soluções vai desde aviões comerciais, a helicópteros e veículos aéreos não tripulados militares.

O coração das instalações da iCORE é o túnel de vento criogénico, que mede apenas 6 m - o que é uma grande vantagem. Uma secção transparente está localizada no centro do túnel, com um perfil de asa à escala instalado dentro. No bordo de ataque, os investigadores podem simular o impacto das gotas e a formação do gelo. Esta secção de teste é do tamanho de uma caixa de sapatos e os investigadores podem registar os fenómenos de formação de gelo com uma câmara de alta velocidade de gravação.
A informação extraída dos testes em túnel de vento, irá contribuir para o projeto de inovação da EADS chamado AEROMUCO (AEROdynamics surfaces by advanced MUltifunctional COatings).
O âmbito do programa inclui a criação de revestimentos resistentes à formação de gelo e levará a investigação para túneis de vento de maiores dimensões, conduzindo eventualmente ao voo de protótipos de teste no Centro de Testes de Voo em Istres, França.

Outro foco de investigação do iCORE é a tecnologia de fluxo laminar e o efeito da contaminação por insetos nas caraterísticas do fluxo. Apesar da contaminação por insetos não ser relevante na eficiência de voo da atualidade, assim que a tecnologia de fluxo laminar em estudo for colocada em prática, a situação irá mudar: a turbulência mircoscopica causada pela contaminação por insetos, poderá gerar microturbulência e assim fazer perigar as poupanças de combustível possíveis em fluxo livre de turbulência.
A Airbus estuda em paralelo e em conjunto com a Saab, Dassault e o Instituto Fraunhofer um demonstrador de fluxo laminar, que será instalado num avião de testes A340 em 2014, que poderá levar à produção em série de uma nova geração de asas em aviões de curto e médio alcance.


Fonte:EADS
Adapatção: Pássaro de Ferro

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