O novo produto do gigante europeu da aeronáutica - Airbus - fez hoje o seu voo inaugural, pleno de sucesso. O A350XWB marcou o seu dia na história da aviação comercial.
Mas, muito sucintamente e um pouco em contra-corrente com todo o entusiasmo reinante, o lançamento de mais um avião de transporte, nos termos presentes, pelo menos a mim, suscita-me não tanto regozijo, mas algumas dúvidas, eventualmente legítimas:
- Por que razão se lança mais um avião que, sendo uma novidade no plano dos materiais de que é feito, das alterações estéticas e conceptuais que revela, nos consumos reduzidos, no ruído que produz, no conforto para o passageiro, etc., não rompe com o fator que, quer queiramos quer não é preponderante, isto é, a velocidade que implica os tempos de viagem?
- O fim do "Concorde" marcou de forma duplamente negativa o curso "normal" da aviação comercial, isto é, perdeu-se um avião memorável que sublinhou um salto sem precedentes na história da aviação comercial, para além do objeto estético e técnico em si verdadeiramente notável que deixámos de poder sentir.
A tecnologia e o engenho humano ainda não foram capazes de produzir um avião que se lhe compare relativamente à sua performance e que, verdadeiramente, trace uma mudança ou retome, quanto mais não seja, o avanço que o Concorde iniciou e definiu.
Por mais Boeing 787 ou Airbus A350 que se lance, cujo "mérito" eu não nego, fica sempre aquele vazio e aquela sensação de que, há tantos anos, não se conseguem encurtar significativamente as distâncias...
...Sendo uma opinião criticável, para já não deixa de ser um desejo que muito provavelmente não terá resposta nos anos mais próximos.
Nota: Esta opinião apenas vincula o seu autor.
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