TRÊS PORTOS ENTRE DOIS AEROPORTOS

Nas férias de verão rumei às raízes. O apelo é total e não se resiste a uma inevitabilidade que se deseja durante onze meses a fio, sem tréguas.

O meio que nos leva ao cumprimento do desejo é, evidentemente, o avião.

Deixei a Madeira envolta em fumo e fogo. Milhares de pessoas, de mãos na cabeça gritariam um título de António Lobo Antunes: "Que farei quando tudo arde?"
Voei, de coração apertado porque para trás, o "que tudo arde" é património comum, é beleza, é qualidade de vida e a perda é tanta e de todos.

O CS-TTL a descolar da Madeira. Créditos na imagem.

O Airbus A-319 CS-TTL "Almeida Garret" descolou, à tabela, rumo ao Aeroporto de Francisco Sá Carneiro, na "inbicta" cidade do Porto, onde haveria de aterrar 1 hora e 40 minutos depois.

O trajeto brindou a um primeiro Porto, o Santo e quase 600 milhas depois ao segundo Porto, à "mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto", uma cidade que é uma "naçom", cheia de nobreza e orgulho, a mais europeia das urbes nacionais!

Vista geral do Porto Santo, prejudicada pela sujidade no vidro... A centro, o aeroporto.

Uma perspetiva mais próxima, com a praia e a pista do aeroporto...

Um "tufo" de nuvens, como se fosse algodão, a lamber os picos mais altos da "Ilha Dourada".

Um visão quase total do Porto Santo, já a cerca de 15 mil pés de altitude.

A winglet da asa esquerda do Tango Tango Lima, a 30 mil pés...

A magnífica, extensa e nobre "Avenida da Boavista", no Porto, uma das maiores avenidas urbanas, se não a maior, de Portugal! Do lado direito, o Parque da Cidade, um dos pulmões do Porto!

A descida para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que já foi considerado entre os três melhores da Europa! Um orgulho! Por baixo do "Almeida Garret", Matosinhos e ao fundo, um terceiro Porto, o de Leixões!

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