terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

DIVULGADO RELATÓRIO DE ACIDENTE COM B737 NO FUNCHAL

Boeing 737-800 da Jet2 envolvido no acidente a 17/02/2014      Foto:Russavia

A aeronave Boeing 737-800, registo G-GDFC, com 7 tripulantes e 175 passageiros a bordo, efetuava um voo comercial de transporte de passageiros a partir do aeroporto de Leeds, no Reino Unido, tendo como destino final o aeroporto da Madeira.
Descolado da origem às 08h05 UTC (NR: do dia 17/02/2014), o voo decorreu com normalidade até à aterragem na pista 05 do Aeroporto do Funchal (LPMD), cerca das 12h23 UTC, onde o tempo se apresentava com céu parcialmente nublado, boa visibilidade, o vento à superfície era forte de Nordeste (330º/14kt com rajadas de 24kt), com variações de direção entre 220º e 020º e temperatura do ar 15ºC. 
Aos comandos da aeronave seguia o comandante da aeronave (PF), que efetuava a sua terceira aterragem em LPMD naquele tipo de aeronave mas que já lá tinha operado regularmente com o Boeing 737-300.

O Comandante relatou que a aproximação visual à pista 05 lhe pareceu normal até ao Rosário, altura em que começou a encontrar efeitos de “windshear” e que, coincidindo com a chamada automática dos 50 pés da soleira da pista, a aeronave desenvolveu uma elevada taxa de afundamento (sink rate).
O PF prosseguiu com a aproximação e a aeronave acabaria por efetuar uma aterragem dura, sobre as rodas do trem principal, saltando (bounced) cerca de 300 metros. O piloto não descontinuou a aterragem e a aeronave acabaria por embater com a cauda na pista, onde deixou marcas de 13 metros, a cerca de 140 kts de velocidade. O PF conseguiu controlar a aeronave, em segurança, dentro dos limites da pista.


Numa inspeção visual preliminar detetaram-se algumas deformações (esfolamento) da superfície exterior da fuselagem, um desgaste significativo do patim de cauda.
Uma inspeção mais minuciosa, efetuada pelos serviços de manutenção, revelou a existência de um dreno deformado e com desgaste por atrito com a superfície da pista, a estrutura interior da cauda com algumas escoras dobradas, sendo encontradas 5 fissuras em duas longarinas, e a escora diagonal fraturada.


O operador cumpriu na integrada com o publicado em AIP sobre procedimentos especiais e limitações operacionais no aeroporto da Madeira, bem como a tripulação estava devidamente qualificada para realizar o voo.

Nota: A informação constante do documento tem carácter provisório e contém apenas um resumo dos acontecimentos, estando sujeita a alterações durante o processo de investigação


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