sexta-feira, 30 de maio de 2014

APRESENTADO "JOSÉ SARAMAGO" O NOVO A320 DA TAP

O novo Airbus A320 da TAP, de matrícula CS-TNW (ex-9K-CAC), que leva o nome de José Saramago, foi apresentado nesta sexta-feira, 30 de maio, pela TAP a membros da Fundação José Saramago.

A aeronave encontra-se nos hangares da companhia aérea em Lisboa e recebe os últimos ajustamentos antes de ser colocada em operação, o que deve acontecer ainda no mês de junho, segundo informações da empresa. No seu interior podem ser vistas já algumas das novidades que a TAP irá estender à sua frota e que passam por novas poltronas, mais modernas, eficientes e confortáveis para o passageiro, e pela introdução da cor verde em alguns elementos decorativos, criando uma atmosfera mais próxima do look & feel da imagem actual da companhia


A visita foi acompanhada pelo Administrador-Executivo da TAP, Luiz da Gama Mór e por António Monteiro, Diretor de Comunicação da Companhia.

O avião, com capacidade para 168 passageiros, voará para dezenas de destinos TAP dentro do Continente Europeu e em África.


Texto e fotos: Fundação José Saramago

terça-feira, 27 de maio de 2014

JUSTIÇA BRASILEIRA PEDE PRISÃO DE PILOTOS NORTE-AMERICANOS ENVOLVIDOS NO ACIDENTE COM AVIÃO DA GOL

 Foto: Peixoto de Azevedo

O MPF Brasileiro (Ministério Público Federal) pediu ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça) que seja decretada a prisão preventiva dos dois pilotos americanos do jato Legacy que colidiu com um Boeing 737 da Gol em setembro de 2006, a 37 mil pés de altitude sobre a Serra do Cachimbo, em Mato Grosso. Do acidente do voo 1907, resultou na morte de 154 pessoas.
Os dois responsáveis pelo jato, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, são considerados foragidos, segundo a subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo. Ela afirma no pedido ao STJ que os dois pilotos, que estão condenados desde 2011, moram nos Estados Unidos e nunca se apresentaram à Justiça brasileira para prestar esclarecimentos. Lindôra propõe duas alternativas: extradição de ambos ou a transferência da causa penal brasileira para os Estados Unidos.
Segundo a petição de Lindôra, Lepore e Paladino estão condenados à pena de três anos, um mês e dez dias de reclusão, em regime aberto, mas encontram-se "fora do alcance da justiça criminal brasileira", recorrendo ao STJ.
É de se ter em mente que os condenados vêm-se recusando desde 2006 a sujeitar-se à jurisdição do Brasil e demonstram profundo desdém pelas formalidades das ações penais em debate.
Se o governo americano acatar o pedido de extraditá-los, assim que os dois pisarem no Brasil, serão presos preventivamente. No caso de recusa, um outro processo criminal poderá ser aberto nos Estados Unidos, como explica Saldanha.
Existe um princípio no Direito internacional que, caso o país negue a extradição, ele é obrigado a abrir um processo criminal lá. Ou extradita ou julga. Então se os EUA não extraditarem, não é tão ruim assim.
Em relatório divulgado em 2008, no entanto, a Agência Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês), parceira da Aeronáutica na investigação do acidente, culpa o sistema de controle do espaço aéreo brasileiro pela colisão, e não os pilotos americanos.

Fonte: R7/N
Adaptação: Pássaro de Ferro

domingo, 25 de maio de 2014

O Eng. João Branco e o voo do Blériot


Cento e trinta e sete anos volvidos sobre o nascimento do Eng. João Branco, recordamos aqui um pouco da sua história, de Dédalos, Ícaros e das suas gloriosas máquinas voadoras, reutilizando um escrito antigo do autor sobre o tema.

A história do Eng.João Branco, como inúmeras histórias do seu tempo, perde-se nas brumas da memória. Os artigos e publicações que dele falam, sublinham o seu feito aeronáutico, mas fazem sempre mensão a alguns dos incontáveis acontecimentos, que pontilharam a sua vida. Foi um grande homem, e como muitos grandes homens, o seu nome não diz nada a ninguém, inclusivé às pessoas da sua terra, Viana do Castelo. Fica aqui a lembrança,no dia em que se completam 137 anos do seu nascimento.

João Branco

João Filipe Martins Branco, nasceu em Viana do Castelo a 25 de Maio de 1877.  Estudou no Colégio do Espírito Santo, frequentou a Escola das Belas Artes e cursou engenharia mecânica na Bélgica, onde se diplomou. Tendo-se dedicado à sua grande paixão e vocação, a mecânica, outros talentos foram revelados por este homem. Nos tempos livres dedicava-se à composição, à música, ensaiava os coros das revistas de Salvato Feijó, foi escultor em mármore, distinto violoncelista, pintor de tela e aguarelas e poeta dos campos de batalha da 1ªG.G.  Foi um dos fundadores do S.C.Vianense.
Casou com Teresa de Jesus, de Ponte de Lima e foi pai de treze filhos, sendo por volta de 1997 doze deles ainda vivos. Todos os filhos são ou foram hábeis mecânicos, à excepção de um que seguiu agronomia.

Vários foram os feitos ao longo da sua vida que o distinguiram, não só como inventivo engenheiro mas também com artista plástico, mais ainda como Vianense de coração magnânimo, sempre disposto a ajudar os mais desprotegidos.

Na tarde de 12 de Julho de 1949, João Branco parte para a morada eterna, à sua residência, na Rua da Bandeira, com a simpática idade de 72 anos.  Ao seu funeral, Viana parou para participar.  Por todos adjectivado como bondoso, muito modesto, muito viajado e vivido, por Viana se deixou viver sem qualquer ambição, sempre enamorado pela sua cidade.
À data da sua morte, trabalhava num motor a jacto, que tencionava aplicar num dos seus barcos de recreio. Foi por isso surpreendido pois aguardava a chegada do estrangeiro de metal que tinha encomendado para terminar a sua construcção. 

Corpo Expedicionário Português

Em Julho se 1917, encontrava-se Portugal a organizar o seu Corpo Expedicionário, destinado a formar um grupo de esquadrilhas e a participar na 1ª Grande Guerra que então devastava a Europa.  Não tendo obtido o necessário apoio por forma a conseguir os necessários aviões e outro equipamento, optou-se por integrar os nossos pilotos e observadores, bem como o seu pessoal mecânico, nas esquadrilhas francesas e no seus serviços de mecânica.
O grupo de mecânicos do C.E.P. era chefiado pelo Capitão de Engenharia Bernardino dos Reis e pelo Alferes Graduado João Branco, mais tarde Tenente.  Norberto Gonçalves também integrava o grupo de mecânicos, como sargento mecânico graduado.    Muitos dos pilotos encheram-se de glória pelos seus feitos aeronáuticos no campo de batalha, pelo que foram louvados pelos diversos Comandos onde tinham sido integrados, bem como mais tarde pelo Exército Português.   Quanto aos mecânicos, refere-se o seu empenho e dedicação, sem que se definam este ou aquele mecânico como elemento exemplar. Há no entanto quem refira que João Branco enquanto Chefe do Depósito e Oficinas dos Serviços de Aviação,  foi grangeado com um louvor pelo Quartel General das Forças Aliadas da 1ªG.G.
Sabe-se que integrou também o estágio operacional na frente, realizado entre 12 de Janeiro e 28 de Fevereiro de 1917, com pilotos e mecânicos no 10th Squadron RFC, baseado então no aerodromo de Choques, em França.



 
Foto de João Branco tirada cerca de 1917, aquando no C.E.P.
Fonte: Família de João Branco, via Phillip Camp.

 
Foto de João Branco, junto a pilotos e mecânicos, durante o estágio no 10th Squadron do RFC. 
Fonte: SMOR Pacheco

Foto de João Branco tirada no início de 1917, durante o estágio no 10th Squadron do RFC. Da esquerda para a direita, João Branco, Óscar Monteiro Torres, Alberto Lelo Portela, António de Sousa Maia e Santos Leite.
Fonte: AHFA/Col. Cor. Piloto Aviador Pinheiro Correia, via Arq. Augusto Mouta.



O Vôo do “Blèriot”

Em 19 de Junho de 1913 reza a história e a imprensa da época , que se ergueu nos céus de Viana do Castelo, ali na Ìnsua do Cavalo, um aparelho de aspecto estranho e talvez duvidoso, mas que atraiu a atenção de milhares de pessoas para as margens do Rio Lima.  Talvez na esperança de ver o dito avião afocinhar, pois o homem a voar era algo de muito estranho, impossível e até impensável para a época e sobretudo para aquelas paragens minhotas.
Seriam umas onze horas quando o “Blèriot” se fez aos céus, contornando a Ìnsua, dando a volta em Darque e aterrando na pista para ele construida da mesma forma graciosa e decidida com que tinha levantado.   Um vôo único e também um único vôo, pois o “Blèriot” afocinhou da segunda vez face ao mau tempo.  Nunca mais voou, e o que poderia ter restado dele foi mais tarde roubado, e destruído pela «maldade retrógrada dos homens».
Este avião um  “Blèriot XI” foi inteiramente construído no «laboratório-oficina» do Eng.João Branco, excepto o motor,  importado de Inglaterra.
Este feito de João Branco, não terminaria aqui se não fosse a falta de apoios, pois tinha em vista a criação de uma modalidade desportiva com planadores, cujo lançamento tem em Viana um local extraordinário, que é montanha de Santa Luzia. Este desporto foi mais tarde criado em paises como a Alemanha e a França, tendo chegado defenitivamente ao nosso país alguns anos depois.

Não esqueçamos Norberto Gonçalves, que pilotou tão gloriosa máquina voadora, é aquele que poderia bem ter sido o primeiro português a voar num avião a motor, mas não o foi.
Este amador, sem “brevet”, descrito como ousado e habilidoso, assim como o Eng.João Branco, estão no cerne da questão, sobre quem de facto foi o primeiro português a voar num aeroplano a motor.











Entre 1909 a 1913, foram alguns os “feitos aeronáuticos” por Lusitanas Terras, a saber,

1907 - foi a partir deste ano, com  João da Mata Camacho Pina Gouveia , que em Portugal começou a “iniciação aos aviões”. Todo o trabalho que este pioneiro desenvolveu até 1912 representa um pilar na tomada de consciência e  interesse pela aeronáutica, quer por parte das autoridades de então quer pelas pessoas em geral. Lamentávelmente sucessivos problemas na fase final da construcção, teste e vôo do aeroplano de sua autoria, redundaram num fracasso que atirou por terra a possibilidade de ter sido o primeiro. Foi no entanto um pioneiro no campo do aeromodelismo.

1909 - ano do «brevet» do primeiro piloto português, Óscar Blanck, que o obteve em França, e por lá voou inumeras vezes sem que contudo se tenha apresentado em Portugal.
Nesse mesmo ano, vimos por cá o primeiro “salto” de aeroplano a motor (vôo em linha recta a curta distância do solo), no dia 27 de Outubro, em Lisboa, pelo piloto francês Armand Zipfel.  Vôo pouco feliz apesar da vasta experiência do piloto, pois o aparelho despenhou-se sobre o telhado de uma casa (sem o aspecto desastroso de hoje em dia).
No Alto dos Agudinhos, em Linda-a-Pastora, nos arredores de Lisboa, entre 14 e 22 de Novembro de 1909, tiveram lugar os primeiros vôos sem motor. Autores deste feito os jovens Artur de Morais, Raúl Marques Caldeira, Alberto Cortez e Cisneiros de Faria (alunos do Instituto Industrial), e Ezequiel Garcia (jornalista). Utilizando dois planadores tipo «Charute», realizaram 25 experiências de vôo, com resultados modestos mas significativos.
Ainda neste ano Abeillard Gomes da Silva, construiu em Paris um avião designado «Gomes da Silva I», com o qual  «fez várias tentetivas de levantar vôos no aerodromo de Issy les Moulineaus, sem obter êxito concreto».
O ano de 1909 não poderia estar completo sem referir a fundação do Aero Clube Português, a 11 de Dezembro de 1909, com a intenção de coordenar a acção e o esforço que todos os seus associados no incremento e divulgação da aviação.  Veio este Aero Clube ajudar nos diversos projectos de aviação dos anos que se seguiram e contribuir mais tarde para a criação da Aviação Militar, como ramo do Exército.

1910 - de novo Abeillard Gomes da Silva, desta feita em Portugal, obteve o necessário apoio do Governo para a construcção do seu «Gomes da Silva II», e para o efeito instalou-se em Tancos, na escola Práctica de Engenharia.   Iniciaram-se as experiências de vôo deste aparelho em 14 de Março de 1910,  que correram de forma desagradável. Ainda não completamente desiludido com o seu fracasso, Gomes da Silva, leva consigo os resto aproveitáveis do seu avião e motor para Moçambique, com a intensão de tentar o feito em terras de África.  Casou-se e colocou a ideia completamente de parte...
O primeiro vôo de um aeroplano a motor em Portugal regista-se a 27 de Abril de 1910.  Aos comandos um francês, Julien Mamet, que descolou o seu aeroplano tipo «Blèriot» do aerodromo de Belém, em Lisboa, efectuando um largo círculo a 50 metros de altura sobre a Casa Pia passando pelo Tejo, regressando ao ponto de partida, onde recebeu uma ruidosa ouvação do público presente.

1912 – a 24 de Junho, numa sessão da Câmara de Deputados, surgiu um Projecto de Lei visando a criação da Aviação Militar, esforço em grande parte do Aero Clube de Portugal.
A 10 de Setembro de 1912, Alberto Sanches de Castro, efectuou o primeiro de quatro “vôos”, cuja maior extensão percorrida foi de 450 metros. Esta experiência foi levada a cabo utilizando um aparelho do tipo «Voisin-Antoinette» de 40cv, e teve lugar no aeródromo de Monchão da Póvoa de Sta. Iria.  Do primeiro “vôo” foi lavrada uma acta, da qual foi substritor, entre outros, Norberto Gonçalves, e que atesta o facto de se tratar do «primeiro vôo realizado por um português em terras de Portugal, em aeroplanos com motor».  No fundo, e dada a natureza dos vôos, trataram-se de facto de “saltos” para o ar, pois efectuaram-se em linha recta e sem viragens.  Curiosamente destaque-se os factos de esta aeronave ter sido financiada for «amigos de Viana do Castelo», e que este pioneiro nasceu em Viana do Castelo em 21 de Março de 1887, tendo falecido em Lisboa a 27 de Abril de 1934.
Entre 7 e 15 de Setembro de 1912 no Porto, e em 28 de Setembro em Lisboa, o piloto francês Leopold Trescartes efectuou diversos vôos num avião do tipo «Maurice Farman», adquirido pela  Creche do jornal «o Comércio do Porto».
E a 8 de Outubro de 1912 chega a Lisboa um outro aparelho, um biplano Avro, baptizado então de «República», e que foi adquirido por subscrição aberta pelo Partido Republicano Português. O piloto encarregue das experiências de vôo era o inglês Copland Perry, e estes vôos tiveram lugar no aeródromo de Belém a 10 e 11 de Outubro.
Apartir de 11 de Outubro, no Porto, num hipódromo que existia então na rua Oliveira Monteiro, iniciaram-se uma série de vôos num aparelho «Borel», aos comandos de um piloto francês de seu nome Poumet.
A 7 de Novembro de 1912, José Nunes da Mata, da Escola Naval, foi autorizado pelo Ministério da Guerra a dirigir a construção do seu invento nas oficinas do Estado.  Mais um sonhador como muitos outros cujas ideias redundaram num fracasso.
A 8 de Novembro de 1912 iniciaram-se as primeiras experiências de vôo com um aparelho «Voisin», adquirido pelo jornal «o Século», e que tinha sido montado na Escola de Torpedos de Paço de Arcos, em Lisboa. A 8 e 9 de Novembro este aparelho voou aos comandos do piloto francês Morel, se bem que no segundo dia sofreu um espectacular acidente, que danificou o aparelho.
O frutuoso ano de 1912, precipita-se num chorrilho de acontecimentos e vôos, fechando em Dezembro com a entrega no Ministério da Guerra, do relatório da comissão encarregue de proceder ao estudo da organização da Aeronáutica Militar.

1913 – a 19 de Junho de 1913 regista-se o vôo de Norberto Gonçalves, em Viana do Castelo.

1914 - a 11 de Junho, deu-se a morte de D. Luís de Noronha, em consequência da sua queda no Tejo, tripulando um “Voisin”.


De uma forma geral há que sublinhar que todos os artigos/documentos consultados sobre o vôo de Norberto Gonçalves, apontam em sendo como mais certa a data de 19 de Junho, e do ano 1913; pese embora este facto não apareça mencionado em todos eles.
Por exemplo em 1984, António Fernandes da Ponte, num dos muito completos artigos sobre a vida de João Branco retrata o feito como tendo ocorrido em 1910, o que sendo realidade viria alterar significativamente o quem foi o  primeiro  português a voar num aeroplano...
Após esta descrição dos feitos aeronáuticos da primeira década do Século XX, e reconhecendo um lapso temporal entre o final do ano de 1912 e Junho de 1913, e entre este vôo e os vôos de D.Luís de Noronha, sou levado a sugerir que possa ter sido este feito de 1913, o primeiro aeroplano a motor construido e voado em Portugal por portugueses!



________________________________________________________________

Rui "A-7" Ferreira 
Entusiasta de Aviação
Nota: O autor do texto/reportagem escreve na grafia antiga.


Referências:
Coronel Edgar Cardoso, in «História da Força Aérea Portuguesa» - vol.I
Severino Costa - Correspondente de Viana do Castelo do jornal « o Comércio do Porto».
Artur Coutinho, in « A cidade de Viana no presente e no passado», 1986.
Eng. Mário Canongia Lopes, in «Os Aviões da Cruz de Cristo», 1989.
Arq. Augusto Mouta, in «A Aviação Militar Portuguesa Durante a 1ª Guerra Mundial»

Agradecimentos:
Família do Sr. Eng.João Branco;  Phillip  e John Camp;
à incansável ajuda do Dr.Bernardo Barbosa - “A Aurora do Lima”;
ao Sr. Aurélio Barbosa, proprietátio do Aurora do Lima;
Arq. Augusto Mouta

Fotos (fontes): Aurora do Lima, Família do Eng. João Branco, SMOR Pacheco, AHFA, Arq. Augusto Mouta.

Outras Referências

https://www.geoparquelitoralviana.pt/explorar/insuas-do-lima/ilhas-da-ribeira-lima/

https://cronicas03.wordpress.com/2019/03/31/a-escola-de-aviacao/

https://aviacao1guerramundial.blogspot.com/2021/11/bom-dia-hoje-vamos-falar-duma.html


terça-feira, 20 de maio de 2014

A350 COMPLETA TESTES PARA PISTAS MOLHADAS

Testes do A350 em pista molhada

O modelo da Airbus A350 XWB completou com sucesso os testes de certificação para operação em pistas molhadas.
Durante os testes em Istres, França, o avião MSN004 percorreu troços de pistas com pelo menos 22 mm de altura de água, a diferentes velocidades, começando a 60 nós, aumentando sucessivamente até aos 140 nós.

Os testes validam o comportamento da aeronave numa pista bastante molhada, e verificam que tanto a água debaixo do avião como o fluxo criado pelo trem de aterragem de nariz entram nos motores ou no APU.
Para os testes, a "banheira" foi realizada colocando fitas de borracha inseridas em frisos na pista, de modo a reter a água. o troço assim preparado media 100m de comprimento por 29 de largura. O avião efetuou várias passagens, tal como planeado, de modo a testar vários casos, incluindo o uso de inversores de impulso. Os resultados serão analisados pelo Gabinete de Projetos da Airbus, que extrapolará os resultados para prever os diferentes cenários típicos de operação.

O processo de testes de certificação do A350 XWB está a progredir bem e em dia para terminar durante o terceiro trimestre de 2014, estando prevista a entrada em serviço do primeiro A350 da Qatar Airways no quarto trimestre.

Os quatro A350  atualmente em operação para testes, acumularam já um total de 1600 horas de voo, em mais de 350 voos. A frota de aviões de testes ficará completa com a entrega da quinta unidade, o MSN005 nas próximas semanas.


segunda-feira, 19 de maio de 2014

A recuperação do “Moscardo” [Muscardus Arisitidianus Açorianus IV]


Faz agora um ano desde o acidente aéreo ocorrido a 19 de maio de 2013, como Taylor Monoplane “Moscardo” (CS-XAB), e aqui há umas semanas, visitei o meu Amigo Sr. Aristides Pires e de lá vim muito contente, não por ver o Moscardo a voar, tudo a seu tempo, mas fiquei muito agradado de ver o progresso do trabalho de recuperação em curso, isto para além, da alegria de rever um Amigo.
Nos meses que se seguiram ao acidente, foram preenchidos por muito trabalho, identificando todos os danos, encontrando as soluções para os reparar ou substituir, obter os materiais para o fazer, e pôr mãos à obra! Todo o trabalho está a decorrer a um muito bom ritmo, estando para breve o primeiro voo depois deste precalço, não sem antes também receber uma nova pintura, que não vai esquecer, como já referi em postagem anterior, a inclusão de uma pombinha do Espírito Santo, para que esta lhe traga melhor sorte!
Ainda que os danos não sejam muitos, estes quase doze meses para recuperar o “Moscardo”, tem sido muito intensos, conforme me confidenciou o Sr. Aristides Pires, um exemplo de Dédalo e Ícaro como não haverá muitos no nosso país. Asas prontas, motor revisto de cima abaixo, as necessárias recuperações estruturais na raiz da asa, no nariz do avião (apoio e anteparas do motor), novo hélice, trem principal no lugar (quase todo novo), e mais algumas reparações que se traduzem em melhoramentos (aproveita-se a oportunidade), num aparelho que foi sempre sendo modificado e melhorado ao longo do tempo, desde o seu voo inicial em 15 de Janeiro de 1994.

Quanto ao Sr. Aristides Pires, continua o mesmo fervoroso entusiasta de sempre, cheio de energia, que não nos dão ideia da simpática coleção de Primaveras que conta no seu “brevet”.

Da Terceira e desta “visita de médico”, trouxe de lá também a boca doce, de D. Amélias e fatias de bolo, e angelica mas isso, são outras histórias.

Rui “A-7“ Ferreira
Entusiasta da Aviação

quinta-feira, 15 de maio de 2014

787 FISSURA WINDSHIELD EM VOO

Boeing 787 Dreamliner da Air India

Quase 250 pessoas a bordo de um Boeing 787 Dreamliner da Air India, em voo de Frankfurt  para Nova Deli não ganharam para o susto, quando uma das janelas do cockpit (windshield) fissurou, poucos minutos após a descolagem. O avião de matrícula VT-ANK regressou imediatamente a Frankfurt, tendo aterrado em segurança. O incidente sucedeu no passado dia 9, mas é já a segunda vez que acontece com o mesmo avião em menos de seis meses, já que em novembro último, ocorreu falha semelhante, então num voo Nova Deli-Melbourne, pouco antes de aterrar na Austrália.

"A Air India já teve até agora cinco casos de Dreamliners com windshields fissurados. O assunto foi apresentado à Boeing, mas está longe de estar satisfatoriamente resolvido. Fissuras em janelas acontecerem com tanta regularidade em aviões novos são raras" disse um representante oficial da Air India.

Fissuras no windshield de aviões ocorrem devido a aquecimento desigual ou a impactos: "fissuras em windshields ocorrem normalmente ao fim de quatro ou cinco anos, ou quando objetos estranhos os atingem. Mas Dreamliners novos, com janelas partidas sem impacto aparente, é causa para preocupação. O que tem acontecido é que há infiltração de água nos windshields o que causa curto-circuito do sistema elétrico".

Fonte: The Times of India
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


quarta-feira, 14 de maio de 2014

EASYJET LANÇA NOVAS FUNCIONALIDADES INFORMÁTICAS



A easyJet, a maior rede europeia de transportes aéreos, anunciou que incluiu duas novas funcionalidades em easyJet.com. A partir de junho, a ferramenta de localizador da tarifa aérea mais baixa vai permitir aos clientes encontrar de forma rápida e fácil o preço mais baixo para o mês em que pretendam viajar.

A easyJet disponibilizou ainda a ferramenta Flight Tracker através de uma parceria com o conhecido site Flightradar24. Esta funcionalidade permite aos passageiros, amigos e familiares verem em tempo real os movimentos do avião e a evolução da trajectória no mapa.

Peter Duffy, Director Comercial do Grupo easyJet (Clientes, Produto e Marketing), comentou: “O nosso localizador da tarifa mais baixa vai ajudar os clientes a ver a nossa vasta grelha de tarifas num formato gráfico, este é mais um exemplo de como estamos a tornar mais fácil a viagem. Os nossos passageiros gostam de ter o maior número de informação possível à sua disposição e acreditamos que o facto de serem capazes de seguir o próprio avião em tempo real, associada às melhorias do nosso Flight Tracker, os tornará populares entre os nossos passageiros”.

Assim, conectamos o nosso Centro de Controlo de Operações de Luton, ao minuto dos horários de voo, diretamente com os nossos clientes através de blogs e actualizações em tempo real no dispositivo do cliente. O Flight Tracker é rápido, intuitivo e está acessível a partir de easyJet.com, o nosso site mobile e as nossas aplicações iOS e Android.

A companhia também lançou recentemente notificações de envio para que os clientes com dispositivos iOS possam receber mensagens automáticas relacionadas com actualizações cruciais sobre os seus voos e num toque rápido aceder à página relevante da aplicação.

Desde o seu lançamento em dezembro de 2011, que mais de 8,6 milhões de pessoas fizeram o download da aplicação da easyJet e a companhia continua a investir na tecnologia móvel. easyJet.com é o terceiro website mais procurado de uma companhia aérea global e tem quase 400 milhões de visitas por ano.


terça-feira, 13 de maio de 2014

3 MILHÕES EM OBRAS NO AEROPORTO DA MADEIRA


O aeroporto da Madeira vai ser alvo de obras, no início do próximo ano, desta feita, com, melhorias no Terminal de passageiros. O anúncio foi feito esta manhã, no decorrer da conferência europeia dos Aeroportos Regionais, que está a decorrer no Funchal, pelos responsáveis da Vinci, e confirmado posteriormente pelo presidente do Governo Regional e pela secretária regional da Cultura, Turismo e Transportes, Alberto João Jardim e Conceição Estudante.
Já em declarações aos jornalistas, o presidente da Vinci-Portugal, que gere os aeroportos portugueses, divulgou que as obras irão começar no início do próximo ano e que custarão cerca de três milhões de euros. Jorge Ponce Leão disse ainda que a pista do aeroporto do Porto Santo será também incluída nas obras previstas para as infra-estruturas aeroportuárias da Madeira.
Por outro lado, já o presidente da Vinci Aeroportos, Nicolas Notebaert revelou que o aeroporto da Madeira foi o que teve, no passado ano, o melhor crescimento a nível nacional, de sete por cento, nos movimentos de passageiros, quando Lisboa teve cinco por cento de aumento. Para o presidente pela empresa, a aquisição dos aeroportos portugueses, desta feita, focando o da Madeira, foi uma aposta ganha. Nicolas Notebaert salientou ainda que tem expetativas muito altas para o verão deste ano, em termos de movimentação de passageiros nos aeroportos portugueses.

Fonte: JM

quinta-feira, 8 de maio de 2014

TAP OTIMIZA VOOS PARA A FINAL DA CHAMPIONS



Fonte da transportadora aérea em Madrid explicou à Lusa que até ao final da manhã de hoje a taxa de ocupação dos aviões era praticamente de 100% nos voos entre a capital espanhola e Lisboa nos dias 23 de maio e início da tarde de 24.

"Sinais de que os voos foram marcados muito em função do jogo. Nesta altura já só temos lugares nos voos da noite", disse.

A mesma fonte explicou que se chegou a ponderar aumentar o número de voos, mas, para já, preferiu-se ajustar a dimensão dos aviões usados, aumentado assim o número de assentos disponíveis.

Não há, para já, números finais sobre o número de passageiros que viajará entre as duas cidades para o fim de semana da Liga dos Campeões.

Já a Iberia anunciou hoje a programação de 22 voos adicionais na rota Madrid-Lisboa entre 22 e 25 de maio, oferecendo assim 12 mil assentos, mais 124% que o normal, para a final da liga dos Campeões, em Lisboa.

Fonte da empresa disse à Lusa que a Iberia transportará ainda a equipa do Real Madrid em quatro voos 'charter' a que se somam oito outros voos 'charter' comerciais e 10 voos regulares adicionais.

A empresa aumentou ainda o tamanho dos aviões normalmente usados na rota para poder acomodar o maior número de passageiros que já se previam.

O Estádio da Luz recebe, a 24 de maio, a final da Liga dos Campeões em futebol, que vai juntar o Real Madrid e Atlético de Madrid, naquela que será a primeira final totalmente espanhola e a primeira entre equipas da mesma cidade.

Fonte: Lusa


TAP: BIRDSTRIKE EM BRASÍLIA


Uma aeronave da companhia aérea TAP embateu em voo contra uma ave nesta quarta-feira (7/5/2014), minutos após descolar do Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília. O voo 0060 tinha como destino Lisboa.

A companhia aérea disse que a aeronave transportava 258 passageiros e 11 tripulantes. Ninguém ficou ferido, afirma a empresa.

De acordo com a Inframérica, que administra o terminal em Brasília, o voo descolou às 17h08 e aterrou pouco depois, às 17h25.

A ave atingiu a turbina do avião. O piloto decidiu então regressar, após verificar que a aeronave estava sem condições para prosseguir o voo. A empresa afirma que não foi preciso acionar as equipas de socorro em terra.

A TAP informou que os passageiros poderão embarcar novamente nesta quinta-feira (8/5). O horário, no entanto, ainda não foi definido. A empresa afirma que providenciou táxi para os passageiros que moram no Distrito Federal e acomodação no hotel localizado próximo ao aeroporto para os que não residem no Distrito Federal (Brasília).

Fonte: G1
Adaptação: Pássaro de Ferro

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A TAP CONTINUA NA ROTA DE RESULTADOS POSITIVOS


O Grupo TAP teve em 2013 um aumento do volume de negócios em cerca de 2%, proporcionado pelo crescimento das vendas de transporte aéreo em 4%, “principalmente devido à evolução positiva verificada nas rotas do Atlântico Sul (+6,7%), as quais já são responsáveis por cerca de 35%, o que significa que este mercado apresenta no Grupo TAP um peso relativo praticamente igual ao mercado europeu”, lê-se no relatório da Parpública.
O documento regista, aliás, que “se os rendimentos resultantes de vendas de passagens no mercado brasileiro representam próximo de um quarto do total, já em termos de actividade de transporte aéreo, medida pelo volume de passageiros/quilómetros/transportados (“PKUs” [RPK em inglês]), o Brasil representa 40% do total. Por consequência, o montante de rendimentos gerados nas rotas entre Brasil e Europa têm um peso muito significativo no total de rendimentos do Grupo, sejam eles gerados no mercado brasileiro, no mercado português ou em qualquer outro mercado europeu que utilize os hubs da TAP”.
A holding assinala ainda que embora em 2013 as vendas no Brasil subiram acima de 5% apesar de “uma quase estabilidade no volume de passageiros e passageiros/quilómetros nas rotas brasileiras”.
Relativamente à Europa, a holding diz que, “com excepção de Portugal, verificou-se um crescimento significativo de rendimentos na generalidade dos países, sendo de realçar o papel do mercado alemão, a que não será alheio o papel da Star Alliance e a forte utilização da placa giratória de Frankfurt”.
“Outros mercados como França, Itália, Reino Unido e Suíça apresentam também uma boa dinâmica a despeito do contexto de estagnação económica da economia europeia”, acrescenta, concluindo que “Em termos gerais, a Europa – ao invés de Portugal - tem crescido em vendas, em volume de actividade, em número de passageiros e em passageiros/quilómetros”.
A holding assinala ainda que “a cobertura geográfica do Grupo TAP tem-se alargado consistentemente com mais rotas, mais frequências e novos mercados, em países que denotam dinamismo, como a Rússia ou a Roménia”, indicando de seguida que “no seu conjunto, a Europa representa cerca de 38%, quer dos rendimentos (Europa, sem Portugal)  quer do total de passageiros/quilómetros (entre a Europa e Portugal) e cerca de 60% dos passageiros totais do Grupo”.
África, que representa 7% dos passageiros e 11% da actividade, teve “uma performance dinâmica” em 2013, apesar de Angola, que representa mais de metade das vendas e da actividade, ter contrariado a tendência em termos de oferta e passageiros, “embora tenha subido significativamente em vendas”.
Quanto aos mercados americanos, a holding assinala apenas que a Venezuela “cresceu significativamente em vendas”.
Globalmente, as vendas de passagens cresceram 5%, por “uma conjugação equilibrada de aumento de taxa de ocupação com uma melhoria expressiva do yield e da tarifa média”, diz a holding, que indica que quanto ao transporte de carga tem havido “alguma retracção nos últimos três anos”.
Mas o que a holding considera que mais penalizou a evolução das vendas do Grupo TAP em 2013 foi a manutenção, com uma “redução superior a 20%”.
Essa quebra, diz, verificou-se “exclusivamente na actividade em Portugal, que facturou menos 40 Milhões € (-35%) face ao ano anterior”, por “questões conjunturais”, mas, também, “a alterações das regras do mercado promovidas pelos fabricantes com o objectivo de reforçarem a sua posição, das quais decorrem limitações e dificuldades acrescidas para as restantes organizações prestadoras de serviços de manutenção”.


Em contrapartida, acrescenta, a actividade (de manutenção) no Brasil apresentou “uma ligeira melhoria”, atingindo 72,5 milhões de euros, “praticamente igual ao registado em Portugal (74,2 Milhões €)”.
“A par deste aumento da actividade, e reflectindo certamente o efeito do programa de reestruturação que vem sendo implementado nos últimos anos, o resultado alcançado pela TAP ME Brasil apresentou uma melhoria expressiva relativamente ao prejuízo apurado em 2012 (50,4 Milhões €), embora se mantenham em níveis fortemente negativos (- 41 Milhões €)”.
A holding assinala que face à evolução em baixa da manutenção, o segundo maior negócio do grupo em valor de vendas “passou a ser a gestão das lojas francas, onde é gerado 6% do volume de negócios”.
A Parpública conclui do balanço de 2013 que, “apesar dos esforços feitos nos anos anteriores, dada a situação financeira do Grupo, e também atendendo à forte concorrência que caracteriza o sector, mantém-se a necessidade de aprofundar e desenvolver todas as acções de racionalização que possam contribuir para uma maior eficácia das operações e rentabilidade do negócio”, especificando que espera que a TAP ME Brasil concretize “as perspectivas positivas quanto à melhoria do desempenho de modo a alcançar-se um novo patamar de rentabilidade que permita a recuperação dos investimentos efectuados”.

Fonte: Presstur

ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.
 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
>