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O Novo Aeroporto Internacional de Luanda terá a segunda maior pista de África, atrás apenas de uma das duas do aeroporto internacional Oliver Tambo, na África do Sul, que tem 4418 metros de comprimento. A pista norte do futuro aeroporto da capital terá 4.200 metros.
Com quatro mil metros cada, duas pistas de dois aeroportos egípcios (Aeroporto Internacional do Cairo e Aeroporto Internacional de Hurghada) estão depois no ranking, seguindo-se outra pista de 3999 metros do aeroporto internacional do Cairo e a de 3900 do aeroporto de Murtala Muhamed, para além da de 3800 metros do aeroporto de Bole, Addis Abeba.
Numa altura que se desconhece ainda outros detalhes operacionais do futuro aeroporto de Luanda - sobre o movimento de passageiros, cargas e aeronaves apenas existem estimativas - o tamanho da pista coloca a infra-estrutura entre as maiores de África. Este 'pormenor' dá ao aeroporto a capacidade para receber grandes aeronaves, mas está longe de ser uma garantia de consideráveis movimentos aeroportuários.
Novo terminal do Aeroporto Internacional de Angola Imagem:Skyscraper City |
A pista do terceiro aeroporto mais movimentado do mundo, o de Heathrow, em Londres, com 70 milhões de passageiros em 2013, é inferior, por exemplo, à do 10.º mais movimentado (cerca de 58 milhões de passageiros), o aeroporto internacional do Dubai. Este tem duas pistas com 4000 e 4300 metros de comprimento, enquanto as pistas do aeroporto de Londres têm 3600 e 3900 metros.
Já o aeroporto internacional de Atlanta, nos EUA, destaca-se por ser aquele que mais pistas tem (5), facto que, segundo os especialistas do sector, tem mais influência nos movimentos aeroportuários. Em África, apenas o aeroporto internacional do Cairo tem mais de duas pistas.
Fontes conhecedoras do processo do aeroporto de Luanda garantem, contudo, que dotar a infra-estrutura de mais pistas seria um investimento desnecessário. E dão dois argumentos. Primeiro, defendem que o movimento aeroportuário no país não terá, nos próximos anos, um crescimento excepcional, ao ponto de as duas pistas serem insuficientes. Por outro lado, Luanda passará a contar com quatro pistas, se se incluir as duas do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro - com 3700 metros de comprimento, uma, e 2600 metros, a outra.
Recentemente, o PCA da ENANA, Manuel Ceita, garantiu que o novo aeroporto de Luanda irá permitir a recepção de grandes aeronaves, incluindo o Airbus A380, o que pode colocar Angola entre os pontos de escala de eleição das companhias.
"O novo aeroporto vai trazer grandes ganhos ao país, porque vai constituir-se não só como um ponto de escala, mas também num ponto final, permitindo a recepção de grandes aeronaves, e terá um centro de logística que vai convergir com serviços e meios de transporte", disse. Por isso, afirmou, a infra-estrutura irá permitir mais tráfego na zona central e sul de África.
Actualmente, operam no país cerca de 20 companhias, e o número de passageiros que se movimentam, anualmente, no Aeroporto 4 de Fevereiro está próximo do limite - cerca de 3,6 milhões de passageiros, segundo dados recentes da ENANA. De acordo com a empresa que gere os aeroportos nacionais, na capital há 150 voos diários, entre internacionais e domésticos.
O novo Aeroporto Internacional de Luanda está a ser construído numa área de 1324 hectares, terá 31 mangas e, com as suas duas pistas, terá capacidade para movimentar cerca de 15,3 milhões passageiros/ano. Se se usar este indicador como critério, o aeroporto será, também, um dos mais importantes do continente africano: o aeroporto internacional de Oliver Tambo, em Joanesburgo, por exemplo, tem capacidade para 15 milhões de passageiros por ano, o que o coloca entre os 100 mais movimentados do mundo, na 73.ª posição.
No entanto, estes indicadores estão distantes dos números do Top10, liderado pelo aeroporto internacional de Hastsfield, Atlanta, com mais de 95 milhões de passageiros por ano. Seguem-se os aeroportos internacionais de Pequim, na China, Heathrow; Tóquio (Japão) e Chicago (EUA), com, respectivamente, 82 milhões, 70 milhões, 66,7 milhões e 66,6 milhões de passageiros por ano.
Fonte: Jornal i
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